João Tiago vai manter-se no comando técnico da equipa sénior de basquetebol da Associação Desportiva Sanjoanense na próxima época. O clube e treinador chegaram a acordo para dar continuidade ao trabalho iniciado na última temporada e que acabou interrompido com a suspensão da Proliga devido ao surto de Covid-19, numa altura em que os alvinegros estavam bem encaminhados e a cumprir os objetivos delineados. “Como as coisas foram decididas um bocado tarde, definimos como objetivo a manutenção. Mas dentro do grupo, e de comum acordo com a direção, havia o objetivo de ir definindo metas parciais, que estávamos a conseguir alcançar”, refere João Tiago, que depois de um período de adaptação inicial admite que a equipa “estava em velocidade de cruzeiro” e que tudo parecia estar a “encaixar”. “Os jogadores estavam mais à vontade com as ideias que íamos passando e os próprios resultados mostram isso”, sublinha o técnico, destacando as últimas quatro vitórias da Sanjoanense em cinco jogos realizados. “Estávamos mais perto de fugir dos lugares de descida e aproximar-nos do segundo objetivo, que era a participação no play-off”, conta.

E depois de uma época ao serviço do clube alvinegro, que o treinador define como “agradável e interessante”, a renovação não deixou grandes dúvidas. “Senti-me bem e fui muito bem-recebido”, garante João Tiago, que encara a próxima temporada com expetativas redobradas e “com vontade de perceber o que é possível fazer depois de um ano de trabalho em cima”. “Foi construído um grupo ambicioso e com muita vontade de querer aprender. A tentativa agora passa por conseguir manter esse grupo e, da minha parte e da direção, tentar melhorar o plantel para alcançar objetivos mais ambiciosos, como lutar por uma presença forte no play-off”, esclarece.

Luís Vargas, presidente da Associação Desportiva Sanjoanense, garante que dada a continuidade do projeto o mesmo só fazia sentido com João Tiago no comando da equipa. “Pelos antecedentes como treinador e atleta inspira-nos confiança. É um profissional exímio”, refere o dirigente, destacando o facto de o técnico ter “alcançado, e até ultrapassado, os objetivos” com uma “equipa muito reduzida”. “Não foi só pelos objetivos, mas também pelo trabalho diário que realizou, onde se viu a evolução do grupo e dos atletas. A época terminou mais cedo, mas com os objetivos alcançados ao nível da classificação, da evolução dos jogadores e da sua integração na Sanjoanense, sendo que é uma mais valia para o clube”, explica Luís Vargas, que considera que a próxima temporada “será a continuação da que ficou por terminar”. “Numa tónica geral, todas as modalidades renovaram com a equipa técnica e com grande parte dos atletas”, destaca o dirigente.

Com a equipa técnica definida, o clube alvinegro já prepara da nova temporada e o cancelamento da última época deu mais algum espaço de manobra à Sanjoanense para começar a trabalhar com alguma antecedência. “Foi a única vantagem”, garante João Tiago, que admite que a partir do momento em que a Federação Portuguesa de Basquetebol decidiu dar a época como terminada, em maio, o basquetebol começou a trabalhar como se “estivesse em julho”. “Estamos a falar com a maioria dos jogadores que nos interessam para, dentro das possibilidades do clube, tentar assegurar o núcleo duro do plantel”, explica o técnico, sublinhando que a aposta passa por criar um grupo “mais homogéneo, equilibrado e com mais soluções para alcançar objetivos mais ambiciosos”. “Não nos podemos limitar ao que está garantido, temos de tentar ir sempre mais à frente”, assegura o treinador que aponta como meta para a próxima época a presença no play-off.

Nova temporada encarada com incertezas

Depois do encerramento de praticamente todas as competições a próxima época é encarada com grandes incertezas. “Nada vai ser como antes. Se esta temporada já foi atípica a próxima vai ser ainda mais”, garante Luís Vargas, que admite que a gestão dos pavilhões e dos espaços de treino para as diversas equipas das várias modalidades “vai ser complicada”. “Há implicações que têm de ser consideradas quer ao nível de higiene como de arejamento, e isso vai originar uma quebra entre treinos”, explica o dirigente, assegurando que o clube já foi “advertido pela câmara municipal” relativamente às condicionantes para a nova época. “Antes, enquanto uma equipa acabava um treino a outra já estava a realizar o aquecimento, agora, entre cada treino haverá sempre um interregno”, acrescenta Luís Vargas, sublinhando que o clube já definiu “um manual de procedimentos” e um “plano de contingência”. “Temos de colocar acima de tudo a saúde dos atletas, treinadores e todo o enquadramento humano que gira em torno do clube”, refere o presidente alvinegro.

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