O homem suspeito de ter violado e matado a freira Maria Antónia Ferreira Pinho, mais conhecida por “Irmã Tona”, em S. João da Madeira em setembro de 2019 remeteu-se esta última segunda-feira ao silêncio na primeira sessão do julgamento, que começou no Tribunal de Santa Maria da Feira, informou fonte judicial.
Segundo a Agência Lusa, o coletivo de juízes determinou que o julgamento se realizasse à porta fechada, com exclusão de publicidade, por estarem em causa crimes contra a liberdade e autodeterminação sexual.
O indivíduo, de 44 anos, está acusado dos crimes de homicídio qualificado, violação, profanação de cadáver e detenção de arma proibida.
De acordo com a acusação do Ministério Público (MP), e tal como o laborjá noticiou em edição anterior, “o arguido, ao início da manhã do dia 8 de setembro de 2019, encontrou a freira em S. João da Madeira e a convenceu a transportá-lo a casa de automóvel, a pretexto de que se encontrava alcoolizado; e que, já em casa, impediu a vítima de abandonar o local agarrando-a pelo pescoço com um dos braços e socando-a na face e cabeça quando a mesma procurou resistir-lhe; e que de seguida, com a vítima inconsciente por força da constrição do pescoço a que fora sujeita, o arguido a despiu e manteve com ela trato sexual que perdurou por cerca de três horas, vindo a vítima, que se manteve sempre inanimada, a morrer”. O MP indicou ainda que “parte do referido trato sexual foi mantido pelo arguido quando a vítima se encontrava já morta”.
Recorde-se ainda que o arguido, que se encontra em prisão preventiva, responde ainda no mesmo processo pelos crimes de rapto, roubo e violação na forma tentada de que foi vítima uma jovem em agosto de 2019, também em S. João da Madeira.