Quando se tomam medidas, decisões irrevogáveis,
Num plano de emergência, como é o caso presente,
De mais uma pandemia, das muitas, julgo prováveis,
Impõe-se, acima do mais, um bom senso, congruente.
Mas p´ra isso é necessária formação dos conceitos;
Clareza e lucidez de quem os traz ao diário…
Não decidir de ânimo leve, levados por “uns eleitos”
Feitos à sorte e depressa dentro de algum armário…
Pois de entre as muitas normas contra este vírus letal,
Se há algumas necessárias, precisas para um projeto,
De um desconfinamento, há as de um ridículo tal,
Que bradam aos céus de um crente, que nos leva ao circunspeto.
Forjou-se a recente lei com a abertura das praias,
P´ras areias aquecidas, relaxamento da gente,
Deitados à beira-mar sob os raios do astro rei:
Não podemos estar deitados, só sentados e bem de frente!
Onde é que o foi descobrir o autor de norma tal,
Qual o sentido a extrair, de aspetos de causa a efeito?
Estaria a delirar, subiu-lhes à cabeça o mal
Ou algo haverá p´ra nós de pior que está a ser feito?
