Os 11 cidadãos em acolhimento pelo Município desde junho de 2018 integram dois agregados familiares de origem síria e residem em contexto de habitação social, adiantou a Divisão da Ação Social, Inclusão e Habitação ao labor,acrescentandoque a chegada destes refugiados a S. João da Madeira (SJM) resultou de uma opção política que consistiu na assinatura, na altura, de um protocolo estabelecido com o Conselho Português para os Refugiados (CPR).
Uma das famílias é constituída por um casal com quatro filhos menores, sendo que o mais novo, ainda bebé, nasceu em SJM.
Os dois adultos frequentam a formação de Português. “As crianças mais velhas frequentam o ensino escolar e o mais novo está inscrito no infantário”, informou a mesma fonte camarária.
Já o segundo agregado familiar é composto “por um casal e três filhos menores, que estão integrados em contexto escolar com sucesso, quer nos resultados obtidos quer ao nível dos relacionamentos com a comunidade escolar.
Atualmente, os rendimentos de ambos os casais provêm da prestação de Rendimento Social de Inserção e do abono de família para crianças e jovens”, avançou igualmente a divisão municipal.
Note-se que, ainda no âmbito da parceria estabelecida entre a autarquia e o CPR, foram realizadas, periódica e presencialmente, reuniões com técnicos dessa entidade e com a técnica de serviço social responsável pelo seu acolhimento (colaboradora da empresa municipal de habitação – Habitar S. João).
Jovens refugiados visitaram S. João da Madeira
Convidados pelo Município, 25 refugiados menores acolhidos pela Cruz Vermelha Portuguesa visitaram S. João da Madeira no último fim de semana.
A sessão de boas-vindas teve lugar na Casa da Criatividade, no sábado passado, onde, para além do autarca Jorge Sequeira, também estiveram presentes as vereadoras Paula Gaio e Irene Guimarães e ainda a presidente da junta de freguesia, Helena Couto. Quanto à restante programação da visita, contemplou, entre outras iniciativas, a passagem pelos diversos equipamentos culturais do município e uma experiência de Turismo Industrial na fábrica de lápis Viarco.
A propósito, Paula Gaio disse tratar-se de “uma experiência muito enriquecedora para quem esteve envolvido e que contribuirá para uma boa integração destes jovens, bem como para a sua adaptação a uma nova fase das suas vidas”.
Já para a presidente da Assembleia Municipal, Clara Reis, “esta iniciativa não terá reflexo apenas nos jovens que perceberam que os sanjoanenses lhes estão a dar um sinal de verdadeira inclusão, carinho, empatia e esperança. Esta ação deverá ser tida como simbólica para os nossos munícipes, especialmente os mais jovens, a quem temos obrigação de orientar e formar no bom caminho da humanidade”.
Recorde-se que este convite foi lançado por Jorge Sequeira, durante as comemorações do Dia Mundial dos Refugiados, em S. João da Madeira, em junho deste ano, em que foi abordada a chegada a Portugal de 25 jovens refugiados não acompanhados vindos da Grécia, por parte da secretária de Estado para a Integração e as Migrações, Cláudia Pereira.
Números
– neste momento, vivem 40 refugiados em S. João da Madeira
–23 sob a alçada da Delegação de S. João da Madeira da Cruz Vermelha Portuguesa, 6 acompanhados pela Delegação de Cucujães e 11 acompanhados pelo Município
– em outubro, a Delegação de S. João da Madeira da Cruz Vermelha Portuguesa vai acolher mais 11