As pessoas que habitam as nossas belas memórias,
São-no e serão sempre um fiel recurso nosso.
Mais que um flash ocasional, uma fonte de glórias,
Que separam o bem do mal, do que é lixo do destroço…
Esses seres que coabitam bem dentro da nossa mente,
São sentinelas alerta, atentas quando esquecemos,
Que isolados somos causa de um processo que se sente,
Que não devemos estar só, no vulgar em que vivemos.
Farão parte de um todo, e dentro dele sentimos
Quão difícil segmentarmo-nos, em falsas heteronomias;
Difícil a alma partir-se breve, em cacos em que caímos,
Ao longo da caminhada, entre atalhos em maus dias…
Só mentes cerebralizadas conseguem total fissão,
Que envolve a inteligência e os paliativos banais,
Com conta e medida certas, mas sem a alteração
Dos níveis senso/emotivos e razões ocasionais.
Tais trocas de conteúdos entre o que se passa fora,
Com o que dentro se luta, no divagar com a idade,
Leva a alma do poeta a fingir ainda agora,
Entre o ser e o não ser que o sentir não é verdade…