“Estamos bastante agradecidos por finalmente ter alguém na câmara que dê valor ao trabalho desenvolvido pelo corpo de bombeiros e pela associação em S. João da Madeira”, frisou Carlos Coelho
A Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de S. João da Madeira continua a ser liderada por Carlos Coelho no próximo triénio, ou seja, até 2023, ano em que este sanjoanense completa 25 anos à frente desta instituição. Carlos Coelho encabeçou a única lista que recebeu 62 votos a favor e três brancos durante as eleições realizadas sexta-feira passada no antigo quartel operacional.
O balanço ao mandato que termina no fim deste ano foi “muito bom até março”. A partir daí “estamos numa luta constante, às vezes quase heróica, mas nada comparado com a heroicidade e o trabalho extraordinário desenvolvido pelos nossos bombeiros ao longo destes meses” em que “o vírus tem tomado proporções assustadoras em S. João da Madeira”, afirmou Carlos Coelho. O próximo mandato da associação dos bombeiros vai ser “muito difícil” porque estamos a viver “tempos difíceis” em que as “receitas correntes diminuíram de uma forma muito acentuada e as despesas aumentaram com equipamentos e produtos de proteção” no combate à pandemia, revelou o presidente.
Da parte de Carlos Coelho foi assegurado, em nome dos restantes elementos dos órgãos sociais dos bombeiros, que“continuamos a desenvolver trabalho e a angariar receitas de forma a que nos permitam estar com tudo em dia”. “É claro que se isto se arrastar por muito tempo vamos sentir dificuldades redobradas”, mas “estamos confiantes na equipa, na nossa vontade e estamos confiantes no nosso trabalho. Só uma hecatombe ou um cataclismo nos podem derrubar”, afirmou Carlos Coelho ao labor.
A melhoria desta crise sócio-económica que afeta a associação e a corporação dos bombeiros vai estar dependente de três cenários, tendo um deles já sido acautelado. Os dois primeiros cenários são o prolongamento da pandemia e a recuperação das empresas e das famílias para possíveis apoios. O terceiro, o que já está assegurado, é a atualização do subsídio anual dado pela câmara aos bombeiros que aumentará para 222 mil euros, mais 120 mil do que os 102 mil atribuídos nos últimos 20 anos. “Estamos bastante agradecidos por finalmente ter alguém na câmara que dê valor ao trabalho desenvolvido pelo corpo de bombeiros e pela associação em S. João da Madeira”, frisou Carlos Coelho, relembrando que estavam “sem atualização de subsídio desde o tempo do senhor Manuel Almeida Cambra, desde o ano 2000”. O presidente da associação considerou que “este presidente da câmara atual tem-se mostrado bastante atento, bastante responsável no seu apoio aos bombeiros. Sabe que está a investir na segurança de pessoas e bens do concelho, a garantir as empresas e os empregos, a deixar as pessoas tranquilas. Portanto, é um investimento que na minha perspetiva vale a pena”.
CONTRATO-PROGRAMA: “NUNCA FOI FEITO”, MAS “NESTE MOMENTO É FUNDAMENTAL EXISTIR”
Uma outra iniciativa da câmara municipal é a de criar pela primeira vez um contrato-programa com os bombeiros no próximo ano. Este documento “nunca foi feito”, mas “neste momento é fundamental existir”, defendeu Carlos Coelho, adiantando que estão à espera da redação final para ser analisada.
O presidente da associação revelou ainda que já receberam a ambulância de serviços de INEM. A compra foi comparticipada em 50 mil euros pelo INEM e o restante, cerca de 11 mil euros entre viatura e despesas inerentes, pela associação. Para além disso, estão a completar a fase de compra de Equipamentos de Proteção Indivual para fogos urbanos industriais. A associação comprou 54 conjuntos em duas encomendas. Uma de 43 no valor de 69.690,61 euros e outra de 13 no valor de 21.193,64, o que perfaz um custo total de 90.825,69 euros. Um valor que será suportado em 15 mil euros pela câmara.
NOVOS ÓRGÃOS SOCIAIS
ASSEMBLEIA-GERAL: presidente Ângelo Campelo, vice-presiden- te Flávio Assunção e secretários Anabela Neves e Maria Coelho
DIREÇÃO: presidente Carlos Coelho e vices-presidentes José Martins, Augusto Abreu, Diamantino Pinho, Fernando Portal, Francisco Lopes, Carlos Santos, Mário Martins, Pedro Gonçalves, António Válega e Benjamim Maia
CONSELHO FISCAL: presidente Domingos Ferreira, vice-presiden- te André Ferreira e secretário-relator Fernando Pereira
CONSELHO CONSULTIVO: André Maia, Armando Almeida, Carlos Santos, Dilma Nantes, Germano Oliveira, José Lopes, José Fernandes, Luís Ferreira, Manuel Oliveira, Conceição Leite, Paulo Guimarães, Pedro Neves, Valdemar Vieira e Valdemar Melo