A oposição referiu-se ao parque de estacionamento no centro, à atribuição de apoios aos negócios e à incógnita sobre a existência ou não de programação natalícia
A coligação PSD/CDS-PP convidou os jornalistas para um pequeno-almoço, ontem de manhã, na confeitaria Colmeia.
Uma conversa que ficou marcada por três temas. As obras da Praça e o atraso da concessão que permitirá construir um parque de estacionamento no centro cívico, a ação tardia da câmara no que toca à atribuição de novos apoios ao comércio e à indústria e à ausência de informação sobre a realização de animação natalícia.
O que nos leva ao primeiro tema. As obras da Praça Luís Ribeiro e o parque de estacionamento, entre as Ruas Padre Oliveira e Júlio Dinis com capacidade para cerca de 90 lugares, no centro da cidade.
“A obra já estaria concluída se estivéssemos a governar a cidade”, afirmou Paulo Cavaleiro, relembrando que tal seria possível se tivessem levado a cabo o projeto aprovado por unanimidade pela coligação PSD/CDS-PP e pelo PS no mandato anterior cujas grandes diferenças em relação ao que está em curso assentam na construção de um parque infantil em frente ao Novo Banco, de três parques de estacionamento com cerca de 120 lugares de estacionamento – um entre as ruas Padre Oliveira e Júlio Dinis, outro no Gaveto entre as ruas Dr. Maciel e Oliveira Júnior e na Rua do Dourado – e o atravessamento do trânsito entre a Rua Visconde, a frente do Parque América e a Rua Oliveira Júnior. A coligação defende ainda que a câmara deveria ter tratado em simultâneo a obra da Praça e a concessão do parque de estacionamento. “A câmara podia construir o parque, tratar da exploração e depois integrá-lo na concessão”, disse Susana Lamas, questionando “quando teremos estacionamento” na Praça. A “câmara tem capacidade de endividamento para realizar este investimento que (por ser um parque de estacionamento pago) se paga a si próprio”, acrescentou Paulo Cavaleiro, antevendo este como um “processo demorado que só começa efetivamente quando o concessionário assinar o contrato”. “O estacionamento é uma questão fundamental, estratégica e base” para a funcionalidade de qualquer espaço ou equipamento, indicou o vereador da oposição, reforçando que por isso esta questão deveria estar resolvida ao mesmo tempo do término da obra de reabilitação do centro cívico. “A nossa preocupação é com o futuro” e “se a obra estivesse pronta podíamos estar concentrados noutras oportunidades de financiamento”, disse Paulo Cavaleiro.
Susana Lamas não só apontou o dedo aquilo que considera ser uma “questão em falta” que é “a criação de uma estratégia de atratividade para o centro”, mas também demonstrou preocupação em relação “ao apoio que vemos não estar a ser dado ao comércio e à restauração”. “A câmara aqui tem um papel fundamental” ao implementar “propostas para facilitar a ultrapassar este período”, indicou António Falcão. O vereador da oposição considerou que o que a câmara está a fazer em matéria de apoios aos negócios é “muito pouco” e estranhou ainda não ter esclarecido se “há ou não programação de Natal”. O que, tanto num caso como no outro, a existir “está tudo atrasado”, concluiu Paulo Cavaleiro.