“Mercado de Rua” volta a ser tema de discórdia

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Nova solução agrada ao executivo, mas não à oposição

A coligação PSD/CDS-PP criticou a alternativa encontrada pela câmara municipal para o “Mercado de Rua” que se realiza ao sábado de manhã no exterior do Mercado Municipal até que as obras que começaram em setembro deste ano terminem, tal como o previsto, no mesmo mês do próximo ano.

Nas primeiras edições, as bancadas foram colocadas no espaço exterior em frente ao mercado e entre a entrada e a saída do parque de estacionamento subterrâneo. Cada bancada tinha um guarda-sol que chegou a ter de ser um guarda-chuva quando o mau tempo não deu tréguas. A melhoria das condições foi pedida por vendedores, clientes e vereadores da oposição. A câmara sempre disse que tinha uma solução, mas só a revelou no fim do mês de novembro. Com as novas tendas, montadas só do lado onde está o parque subterrâneo, veio a decisão de cortar o trânsito nesse troço para segurança dos peões, continuando a estar disponíveis a entrada e a saída do estacionamento.

Depois de ter visitado o espaço no sábado da semana passada, a coligação disse não concordar com a nova solução encontrada. Primeiro, em comunicado publicado apenas na edição online da semana passada por ter chegado depois do fecho do jornal. Segundo, no período de antes da ordem do dia através de Paulo Cavaleiro. “Não parece que a situação encontrada tivesse sido a melhor. Se tivesse consultado a oposição teríamos dado os nossos alertas”. Tais como a colocação dos vendedores “todos no mesmo lado” leva a “uma concentração grande de pessoas”, o que a seu ver “não é normal neste período em que o afastamento é necessário”, quando “era fácil encontrar outra solução para manter os vendedores dos dois lados”; o encerramento do trânsito agora que os vendedores estão concentrados num só lado quando mantiveram a circulação automóvel quando existiam vendedores dos dois lados da avenida” e a falta de iluminação “para quem começa a vender cedo”.

Perante estes alertas, “a câmara deve olhar para o assunto e encontrar a solução mais positiva para todos”, disse o vereador da coligação PSD/CDS-PP.

O executivo tem uma opinião divergente da oposição sobre esta matéria. “Creio que encontrámos uma boa solução que responde na sua maior parte às necessidades dos operadores”, considerou o vice-presidente José Nuno Vieira, justificando que a passagem dos vendedores para um só lado “prendeu-se com facilitar a mobilidade e não tapar a visibilidade das lojas na parte frontal do mercado”. Já a decisão de encerrar o trânsito tinha sido “ponderada anteriormente” e “uma situação muito discutida” que acabou por ser posta em prática por aconselhamento da proteção civil e da PSP, segundo José Nuno Vieira, anunciando que para este efeito a câmara contratou dois agentes para “facilitar as questões de mobilidade e acessibilidade ao mercado” que ao “não ter trânsito permite a salvaguarda de afastamento entre pessoas e a segurança das pessoas”. O vice-presidente reconheceu que o corte de trânsito provoca “alguns transtornos”, mas recorreu ao facto de ser algo temporário já que o “Mercado de Rua” acontece apenas ao sábado de manhã. Para além disso, José Nuno Vieira deu a conhecer que o feedback que receberam sobre a nova solução é de que “fizemos bem e correu bem”. A reação da “generalidade das pessoas é de satisfação” pela nova solução e o corte de trânsito é “para segurança e distanciamento entre as pessoas”, complementou o presidente. Porém, “se for preciso melhorar, melhoraremos. É o nosso dever”, assegurou Jorge Sequeira.

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