Depois de adiado uma vez, devido à pandemia, o Gargalhão realizou-se nos passados dias 19 e 20 de dezembro, contando, novamente, com o apoio do Município.
Na Casa da Criatividade, mesmo com a assistência reduzida para metade e em horários fora do habitual, sobretudo, no sábado em que teve de “competir com a missa das 10h30 [risos]”, o Festival de Comédia de S. João da Madeira foi “um sucesso incrível”, afirmou
Pedro Neves ao labor.
Segundo o humorista sanjoanense, “este Gargalhão foi mesmo muito especial”. Primeiro, “porque – como justificou – se realizou e só o facto de se ter realizado num
ano como este é logo uma vitória”. Depois, porque “as pessoas estavam sedentas de diversão e animação”. Tanto que não houve máscaras que as impedisse de rir, rir muito, como se não houvesse amanhã.
Pedro Neves disse mesmo que “quase não se percebeu que das 1.500 pessoas habituais passámos para as 400 [contabilizadas nos dois dias]”, tamanha foi a reação
do público desta sexta edição. “As pessoas estavam sedentas de comédia e também nós [os artistas] estávamos ansiosos para ir para palco”, acrescentou o comediante.
A título de curiosidade, o mentor do Gargalhão contou ao nosso jornal que recebeu uma mensagem de um espetador, de bastante longe, que já vem ao Gargalhão há quatro anos e que este ano ficou a dormir num hotel da cidade, por causa das restrições, para poder assistir aos dois espetáculos.
“Foi, pois, uma aposta ganha e foi fantástico manter aqui, em S. João da Madeira, o Festival de Comédia quando tantos outros por esse país fora foram cancelados”, rematou Pedro Neves, agradecendo a todos os que o ajudaram para que o Gargalhão este ano dedicado ao seu pai, já falecido, continue a ser uma referência no humor nacional. Com especial destaque para a empresa Indubor – Embroidery & Clothes que criou pólos para homem e mulher, bonés e máscaras com a marca Gargalhão.
Fernando Rocha, Hugo Sousa, João Seabra, António Raminhos, Miguel 7 Estavas, Rúben Branco e Quim Roscas e Zeca Estacionâncio (João Paulo Rodrigues e Pedro Alves) foram os artistas convidados.
Fazer o Gargalhão em ano de pandemia é “uma vitória”
Festival de Comédia de S. João da Madeira