Natal doce de amor

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É no Natal que nos sentimos mais divididos entre a vontade de viver a festa – afinal, celebramos um nascimento muito especial – e a vontade de só acordar depois de tudo ter acabado. O que se deseja é viver um Natal com um pinheiro de verdade, presépio de musgo, sinos, velas e missa do galo, família à volta da mesa (este Natal sem abraços e beijos tendo como causa a pandemia Covid-19), mas com muito amor. Queremos recordar, vezes sem conta, aos nossos filhos, netos, sobrinhos, à pequenada a história do Menino que nasceu numas palhinhas e teve reis aos seus pés. Queremos mostrar-lhes o quão tem
de brilho a estrela que levou a Jesus.
Queremos cobri-los deste espírito tão especial que todos os anos queremos por todos os meios reviver e que nos marcará até ao fim das nossas vidas. Não há outra. É esta festa bem doce de amor que queremos viver com intensa alegria que nos faz recordar tudo o que já foi e nunca mais voltará a ser.
Que nos faz lembrar de todos aqueles que connosco partilhavam esta festa (Natal) e outras festas e que de repente deixaram de ali estar. Que nos faz misturar alegria, tristeza,
felicidade e forte nostalgia. Sabemos que a vida continua. Todos os anos podemos ver que os lugares que ficaram vazios, dos que deste mundo partiram, vão sendo ocupados
de novo pelos que, entretanto, nasceram.

É a força da humanidade, tal como o motor que produz movimento. O que de nós
sabemos é o que é viver com a vida suspensa. De um telefonema, de uma esperança, de
um sinal.
Para os pais das crianças desaparecidas (algumas delas já adultas) a vida não continua, apenas há a sufocante angústia a preencher todos os segundos de uma sobrevivência só possível porque a esperança nunca morre. Mas há sempre esperança numa estrela que lhes indique o caminho.
Desejo um Santo Natal e Feliz Ano Novo!

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