ANO NOVO, “COVIDE” VELHO
Cada vez mais velho porque já deve ter comemorado um ano de idade. E sempre a chatear, a criar ruído nas televisões com aquela coisa dos surtos aqui e acolá e as continuadas opiniões de cada vez mais especialistas. Ainda bem que agora temos notícias sobre as vacinas ilustradas com aqueles braços carnudos a levarem com uma agulha de 7 centímetros até ao fundo. Só a seringa fica, para já, de fora. E não é que as televisões gostam de o mostrar permanentemente? Só de ver essas imagens os menos carnudos nos braços, como eu, estarão a pensar duas vezes antes de aceitar levar com a pica. Ainda há umas semanas fui vacinado (não foi para a gripe, não) e a enfermeira da Unidade de Saúde não precisou de espetar a agulha até à seringa. Mesmo que o quisesse não consegui porque corria o risco de esguichar a vacina para o outro lado do braço. Tanto quanto me recordo era assim sempre que me espetavam a agulha. Pouco. Agora se alguém está a pensar que eu me vou sujeitar a uma picadela daquelas, podem desde já tirar o cavalinho da chuva. Nem lá ponho os pés…
Balha-me Deus!
SUSTOS
Ano passado apanhei um susto quando vi um cristão a comer num restaurante com luvas azuis. Parecia um cirurgião que tinha ido à cantina do hospital a meio de uma operação comer uma bucha. Com o decorrer da pandemia percebi que este cuidado extremo e, na minha opinião, exagerado, não resolvia qualquer problema porque, se mesmo com luvas as mãos não forem lavadas e desinfetadas regularmente, como se fosse a nossa pele, era pior a emenda que o soneto. O cúmulo chegaria depois – e ainda hoje se mantém – com cidadãos a conduzir o seu automóvel, sozinhos, de máscara e luvas… Já nem falo nos casais casados, que conheço, que vão ao supermercado ou dar o passeio dominical cada um com a sua máscara. Sozinhos dentro do seu veículo. Deduzo, pois, que dormirão juntos e de máscara o que deve ser um problema em determinadas situações. Como respirar, por exemplo.
Balha-me Deus!
EM QUEM EU VOTO, ATÉ ÀS PAREDES CONFESSO
Ora aqui temos um tema interessante nos dias de hoje. As Presidenciais. Por uma questão de sanidade mental não vejo os debates. Já os conheço a todos – um pouco menos o Tiago – e não necessito de debates para perceber como não seriam se fossem Presidentes. Prefiro ficar com os relatos que deles se fazem em jornais de referência apenas para “marcar o ponto”, mas, obviamente, até às paredes irei confessar em quem votarei. E o raciocínio é simples. Para quê escolher o desconhecido se o que bem conhecemos nos garante, em princípio, mais um mandato sereno, com mais ou menos selfies mas com uma capacidade pedagógica interventiva como deve ter um Presidente? Por isso e apesar da minha opção não interessar a ninguém dos que me lê, fica já claro que irei votar no Presidente Marcelo. Não que outros ou outras fossem menos capazes. Não é isso. É que há momentos na vida em que a mudança nunca seria para melhor. E neste momento Marcelo é o meu Presidente.
(nota: Aqui não se aplica o Balha-me Deus! Obviamente!)