A melhor ilustração valeu-lhe um prémio de 1.500 euros
Os vencedores do concurso “Lápis Ilustrado”, promovido pela junta de freguesia como forma de assinalar o Encontro Internacional de Ilustração que não foi feito no ano passado devido à pandemia, foram revelados durante a cerimónia de entrega de prémios realizada quarta-feira passada no auditório dos Paços da Cultura.
Ao português Pedro Simões foi atribuído o primeiro prémio no valor de 1.500 euros, à espanhola Paula Vallar Gárate o segundo de 1.000 euros e à portuguesa Maria Carlos Cardeiro o terceiro de 500 euros.
“A natureza para mim é fundamental”, disse o ilustrador Pedro Simões aquando da receção do prémio pela ilustração vencedora cujas figuras centrais são as pessoas, os animais e as árvores. A ilustração de Paula Vallar Gárate é inspirada numa das árvores mais antigas do mundo que existe na Califórnia. A ilustradora espanhola pegou no “conceito da vida” e concentrou várias gerações ao longo da árvore, estando “na base os mais velhos e na copa os mais novos”, explicou através de vídeo gravado e apresentado na cerimónia. Já Maria Carlos Cardeiro escolheu uma ideia mais simples para esta que foi a sua primeira participação numa iniciativa do encontro de ilustração que conhece “há bastante tempo”. A artista portuguesa decidiu escolher “um animal conhecido por ser longo e exagerá-lo”, contou aos presentes.
A junta de freguesia esteve “até à última” para decidir se fazia ou não o encontro de ilustração em 2020. “Entendemos que a situação não ia resolver-se rapidamente e achámos que não era aconselhável fazer um encontro de ilustração limitado”, revelou a presidente Helena Couto. De qualquer das formas, a junta de freguesia entendeu que não devia deixar de assinalar aquele que é um dos eventos culturais mais importantes de S. João da Madeira que todos os anos reúne artistas de vários países. Assim nasceu a ideia do concurso “Lápis Ilustrado” e dos prémios monetários, em vez dos materiais tradicionalmente oferecidos aos vencedores do encontro, para apoiar estes profissionais da área da cultura que tem sido uma das mais afetadas pela pandemia.
A escolha do lápis foi motivada por dois fatores. Um, por ser o instrumento de trabalho dos ilustradores”. Dois, por “sermos uma cidade com a única fábrica de lápis da Península Ibérica”, justificou a presidente da junta de freguesia.
O número de 179 participações neste concurso excedeu qualquer número registado em todas as 12 edições do encontro de ilustração. Um fator que poderá estar relacionado com os prémios monetários. “O prémio monetário é muito importante. Os materiais são bons, mas não alimentam. Nesta que será a 13ª edição em 2021 devemos ponderar a possibilidade de os prémios passarem a ser monetários”, afirmou José Vieira, administrador da Viarco, um dos elementos do júri do concurso e um dos apoiantes do encontro de ilustração desde a sua génese. O júri deste concurso foi ainda composto pelos ilustradores Francisco Vaz Silva e José Manuel Saraiva.
Os melhores lápis das escolas
À semelhança do encontro de ilustração, este concurso tinha uma vertente, o “Lápis Escolar”, dedicada às escolas do concelho. O primeiro prémio no valor de 300 euros foi atribuído à ilustração da turma do 8ºE, da Escola Secundária de S. João da Madeira (antiga EB2,3). O segundo prémio de 200 euros foi entregue à turma do 12ºB, da Escola Secundária Dr. Serafim Leite. O terceiro prémio de 100 euros foi entregue à sala 2, da EB1/JI do Parque.A exposição “Lápis Ilustrado” pode ser visitada nos Paços da Cultura.
Novidades
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