Que tem apoiado idosos sem retaguarda familiar nos últimos 10 anos

O Serviço de Teleassistência Domiciliária está disponível desde 2011 no concelho de S. João da Madeira. A câmara municipal criou este serviço com o objetivo de apoiar pessoas idosas com vulnerabilidade económico-social comprovada e que se encontrem a residir sozinhas sem retaguarda familiar adequada à sua situação. Ao longo dos últimos 10 anos, colocou ao dispor dos beneficiários sanjoanenses um aparelho telefónico ligado a uma central de assistência permanente, pronta a responder a qualquer emergência como agravamento do estado de saúde, questões de segurança, avarias domésticas ou simplesmente solidão. O serviço é prestado 24 horas por dia ao longo de todo o ano através de um sistema de comunicação que é ativado assim que for pressionado o botão de controlo remoto que é, por norma, colocado num colar ou numa bracelete. Após a ativação do botão, a central de atendimento identifica o sinal de emergência e, através de um microfone colocado na unidade base na residência do idoso, o operador entra em contacto com o utente para acionar o meio mais adequado à emergência. Como até ao momento o serviço contratualizado apenas comportava 10 equipamentos e todos eles estão a ser utilizados, a câmara municipal decidiu que “seria da maior relevância alargar esta resposta”, tendo em conta “o impacto do atual quadro pandémico” e a existência de “mais pessoas no concelho” para quem o Serviço de Teleassistência Domiciliária “poderá acrescentar segurança e adiar a institucionalização”, lê-se na proposta apresentada por Paula Gaio, vereadora da Ação Social, e aprovada por unanimidade, pelo PS e pela coligação PSD/CDS-PP, em reunião do executivo realizada esta terça-feira por videoconferência. Devido a esta decisão da câmara municipal, esta resposta duplicará a sua capacidade, ou seja, passará de 10 para 20 equipamentos. A contratualização de mais 10 equipamentos terá um custo de 292,50 euros por mês, ao qual acresce IVA à taxa em vigor.

Centenas de contactos estabelecidos durante a pandemia motivaram a decisão

A proposta mereceu a concordância dos vereadores da oposição pelo facto de ser um projeto iniciado em mandatos anteriores que tem “corrido bem”, mas também quiseram saber se a duplicação do serviço será suficiente para corresponder a todas as necessidades. Para Paulo Cavaleiro, vereador da coligação PSD/CDS-PP, este é “o tipo de investimento que faz sentido”. O alargamento deste serviço acontece no seguimento das centenas de contactos que têm sido estabelecidos através das linhas de apoio a toda a população, sobretudo à terceira idade, criadas no contexto da pandemia de Covid-19 pela câmara municipal sanjoanense. Os contactos foram retomados neste segundo confinamento pelos funcionários camarários e inclusive pelo presidente da câmara. “O Município tem evitado que alguém fique isolado e sem apoio. É neste enquadramento que surge esta medida. Penso que os serviços tiveram em conta pessoas mais fragilizadas, fruto destes contactos”, disse Jorge Sequeira. “Tendo em conta as necessidades sentidas quando começámos a fazer os contactos regulares a utentes do Cartão Sénior no ano passado” e “os contactos através de outras linhas”, a câmara sentiu que era “seguro contratualizar pelo menos para o dobro (o Serviço de Teleassistência Domiciliária)”, completou Paula Gaio. O alargamento da resposta dirigida a pessoas idosas sem retaguarda familiar poderá não ficar por aqui. “Se os serviços verificarem que é necessário mais, se pudermos, obviamente, que iremos avançar com mais”, assumiu o presidente da câmara.

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