Fala-se de Deus e dos Anjos, de Homens, Santos sobre a Terra;
Dizem-se Coisas e Loisas p’ra os lembrarmos ou esquecermos;
Alguns serão santos homens, outros, os homens de guerra,
Poucos serão aqueloutros, de no coração os mantermos.
Dentro destes, num recanto, guardamos bem cá no fundo,
Da nossa “alma mesquinha”, de onde alguém é senhor,
Um lugar especial, p’ra Armando, o pintor do mundo,
E da sua amada terra, que pintou com todo o amor
Não só p´las suas telas, de um estilo próprio, seu,
Mas pela história que pintou com o seu quê de paixão!
Por isso terá direitos, se houver o mítico céu,
Ao privilégio de um ceptro, de tiara e redenção.
Foi! Partiu na sua vez, deixa um vácuo, sem um nada,
Apenas a mágoa intensa na forma de viuvez
De uma saudade amarga, por isso nesta jornada
Lembraremos sempre tudo aquilo que ele bem fez
“Requiescat in pace”! Amigo do mundo inteiro;
Parte sereno nas asas, que te levam, é o mais certo
À última viagem tua, onde tudo é verdadeiro,
Sem as mentiras tão falsas, daqueles que andam por perto.
