Pela segunda semana consecutiva e após a realização de 33 rastreios à SARS CoV2 – esta incidindo apenas sobre um dos seus seis equipamentos residenciais – a Santa Casa da Misericórdia (SCM) de S. João da Madeira não registou novos casos de infetados de 15 a 22 de fevereiro. No mesmo período há ainda a salientar, de acordo com comunicado da instituição enviado ao labor, a recuperação de 19 utentes e nove trabalhadores e a não ocorrência de mortes devido à Covid-19.
Pela primeira vez, desde 14 de dezembro de 2020 (data dos primeiros diagnósticos), não há, assim, casos de infeção em qualquer casa residencial. E a primeira consequência disto é a declaração de final de surto pela Autoridade de Saúde – Unidade de Saúde Pública ACeS Aveiro-Norte: a UCCI – Unidade de Cuidados Continuados Integrados, a Casa de Repouso, o Lar Residencial do Pisão e o Centro de Acolhimento de Menores “tiveram alta” a 21 de fevereiro; o Lar de Idosos São Manuel “terá alta” no próximo dia 27; e o Lar de Idosos Drª Leonilda Matos deverá ter idêntica declaração a 4 de março.
Declarada a “alta” – conforme avança a SCM através da nota de imprensa recebida pelo nosso semanário -, os ditos equipamentos retomarão o seu regular funcionamento, podendo proceder à admissão de candidatos e restabelecer visitas de familiares, embora ambos os processos permaneçam sujeitos aos constrangimentos já conhecidos desde março de 2020, respeitando os procedimentos emanados da Direção-geral da Saúde, designadamente quanto a isolamentos profiláticos e a distanciamentos físicos.
Além disso, “a inexistência de casos ativos suscitou solicitações às Associações Humanitárias dos Bombeiros Voluntários de S. João da Madeira e de Fajões para desinfeção dos equipamentos residenciais”, às quais, aliás, a Santa Casa faz questão de agradecer publicamente.
Utentes e trabalhadores do Lar de Idosos Drª LeonildA Matos são vacinados hoje
Já a segunda consequência da superação dos surtos é a elegibilidade à vacinação. Na semana de 15 a 22 de fevereiro foram vacinados 69 utentes e 95 trabalhadores, de todos os equipamentos residenciais, à exceção do Centro de Acolhimento de Menores e também do Lar de Idosos Drª Leonilda Matos. Em relação a esta ERPI – Estrutura Residencial para Pessoas Idosas situada na Vila de Fajões, hoje, dia 25, 33 pessoas vão
ser inoculadas.
E ainda relativamente aos que foram vacinados na semana de 15 de fevereiro terão a 2ª dose administrada a 3 e 9 de março, contudo, ainda esta última terça-feira foram vacinados com a 1ª dose quatro utentes cuja toma tem de ser vigiada e, por isso, realizada
em contexto hospitalar.
Trabalhadores rastreados uma vez por mês
O fim dos surtos resulta ainda na reentrada dos trabalhadores dos três lares de idosos e do lar residencial nos rastreamentos promovidos pelo Centro Distrital de Aveiro do Instituto de Segurança Social, prevista para a primeira semana de março. Estes rastreios incidem semanalmente sobre 25% dos trabalhadores, de forma a garantir que cada trabalhador é rastreado uma vez por mês. Contas feitas, em 10 semanas ficaram infetados 159 utentes (cerca de 55% dos residentes) e 93 trabalhadores (incidência percentual similar aos utentes). Para deteção destes casos foram realizados 1.720 testes de antigénio e PCR (média semanal de 170). Recuperaram 229 pessoas (136 utentes e 93 trabalhadores) e faleceram 23 utentes.