Na passada terça-feira fez um ano que foram detetados em Portugal os dois primeiros casos de Covid-19 oficiais. Em S. João da Madeira, tal viria a acontecer 15 dias mais tarde, a 17 de março.
Desde então, “vivemos um período muito difícil e muito conturbado da nossa vida, com alterações muito profundas no nosso modo de estar e de viver”, começou por dizer o presidente da câmara na última reunião do executivo. Jorge Sequeira aproveitou o período de antes da ordem do dia para fazer um balanço deste primeiro ano de pandemia, não tendo poupado nos elogios e agradecimentos a quem no concelho tem estado em todas as frentes.
Segundo o autarca, “neste momento, atravessamos uma fase de esperança”, com o Centro
Municipal de Vacinação a funcionar todos os dias na Sala dos Fornos da Oliva Creative Factory. Aliás, até às 13h00 daquela terça-feira já tinham sido vacinadas 2.411 pessoas, não só de S. João da Madeira, mas também dos outros dois municípios abrangidos pelo Agrupamento de Centros de Saúde (ACeS) Entre Douro e Vouga II – Aveiro Norte (Oliveira de Azeméis e Vale de Cambra), para além dos bombeiros inoculados no Centro de Saúde, utentes e profissionais da Santa Casa da Misericórdia e da Cerci de S. João da Madeira e elementos do Serviço Nacional de Saúde.
Jorge Sequeira tem acompanhado todo este “processo” e, por isso, sentiu ser seu “dever dar aqui nota pública do empenho do pessoal de saúde”, em particular do que está a trabalhar neste centro de vacinação sanjoanense. Também fez questão de agradecer à equipa da Proteção Civil Municipal, em especial ao seu coordenador Normando Oliveira, e, de uma forma global, a “todos os funcionários da câmara [de diferentes divisões] que assumiram e incorporaram imediatamente a ideia de que são agentes de Proteção Civil e de que num contexto como este devem estar disponíveis para todas as tarefas”.
Os agradecimentos estenderam-se, ainda, ao pessoal docente e não docente das escolas, soldados da paz, Polícia de Segurança Pública e “membros da câmara”, incluindo nestes últimos os vereadores da oposição.
Em nome do Município, o edil recordou ainda “todos os afetados por esta pandemia, todas as vítimas” e dirigiu “uma palavra muito especial para a Cerci e Misericórdia que atravessaram momentos particularmente difíceis, mas que souberam estar à altura dos acontecimentos”. Recorde-se que nestas duas instituições morreram utentes devido à Covid.
“Este combate não chegou ao fim”, avisa o presidente da câmara
Feitos os devidos agradecimentos e homenagens, o número um do executivo avisou que “este combate não chegou ao fim”. “Não podemos, efetivamente, baixar a guarda, porque já vimos o que sucedeu quando se tira a mão da mola, quando se desconfina sem cautela ocorre um aumento grave dos casos”, reforçou o responsável político para quem “devemos ser pacientes, tolerantes, cumprir sempre as regras de segurança até que as autoridades competentes nos forneçam orientações diferentes”. “Este é o tempo de confiar na ciência, na medicina, orientações da Proteção Civil e das autoridades de modo a que não haja um reducrescimento da doença”, completou.
PS destaca proatividade do Município
Em comunicado enviado ao labor, a concelhia do PS destaca o papel proativo que o Município tem desempenhado no combate à pandemia, em particular a sua mais recente colaboração na montagem do Centro Municipal de Vacinação, em articulação com as autoridades de saúde.
Ainda a propósito, o seu presidente, Rodolfo Andrade, assinala que no último ano “a câmara adotou preventivamente diversas medidas de contingência à propagação da pandemia, mas também reforçou os apoios às famílias e às atividades económicas”.
“Estamos todos ansiosos por ver o fim desta pandemia e, nessa altura, quando olharmos para trás, vamos valorizar muito o trabalho da câmara de S. João da Madeira em prol da cidade e dos sanjoanenses”, concluiu.