Pergunta : Uma cidade precisa mesmo de música, teatro… enfim, Arte ?
Resposta curta :Se não tiver é uma cidade morta.
Resposta longa :
Embora alguns pensem que deve ser o Estado a promover regularmente eventos artísticos, cabe, no entanto, à iniciativa individual, ou de grupo, levar a cabo essas iniciativas para que promovam a arte. Exemplo disso é o Carnaval das Escolas em S. João da Madeira, que abarca escolas e associações do concelho.
Muito pode ser feito e não têm de ser acontecimentos obrigatoriamente anuais. Obviamente têm de ser bem publicitados e promovidos. Nem com muito tempo de antecedência (o público esquece), nem junto à sua realização.
Quanto aos locais, estes podem ser até em espaço aberto. Hoje recomenda-se até por questões sanitárias.
Existem várias alternativas de locais públicos que podem ser diferentes todos os anos. Com isso fomentam-se a surpresa e a curiosidade junto da população.
Por exemplo o Parque Municipal de Ul não tem sido palco de eventos dignos desse nome e é pena. Recordo a banda musical Gotan Project que ali actuou, teve êxito na altura, e pouco mais se ali fez desde então.
Eventos de música criados pelas Escolas locais, ou “teatro aberto” em palcos pequenos, ou mostras de arte produzida pelos mais diversos segmentos da sociedade (até industrial) de dentro e fora do concelho. São tudo formas de trazer cá para fora a enorme criatividade de uma população. E tudo isso pode ter uma vertente comercial. Muita gente pensa os artistas se alimentam de ar e vento. (!) ou os músicos gostam tanto do que fazem, porque não fazê-lo de borla.
Este tipo de iniciativas quantas mais houver melhor. Sem ser preciso mega organizações que impliquem logísticas dispendiosas, que depois acabam por não se realizar ou adiar.
Aliás a conjuntura humanitária que atravessamos, obriga a que grandes multidões presentes em eventos do tipo “Feira Medieval” na Feira se venham a esbater e a dar lugar a acontecimentos artísticos de menor dimensão, mais baratos e possivelmente mais frequentes.
