A defesa de João Almeida

Deputados investigados por moradas falsas

0
268
DR

A Assembleia da República levantou a imunidade parlamentar a nove deputados para responderem perante o Ministério Público (MP) por alegada comunicação de moradas falsas.
Dos deputados que estão a ser investigados, quatro são do PSD (Carla Barros, Duarte Pacheco, Paulo Neves e Pedro Roque), três do PS (Elza Pais, Fernando Anastácio e Nuno Sá), um do CDS-PP (o sanjoanense João Almeida) e uma do Bloco de Esquerda (Sandra Cunha). A 15 de abril a deputada bloquista renunciou ao mandato “por motivos pessoais, porque pretendo defender o meu bom nome com total liberdade, e por motivos políticos, porque não quero que a continuidade em funções durante a minha defesa possa ser usada como arma de arremesso contra o Bloco de Esquerda”, justificou numa publicação nas redes sociais. Sandra Cunha vai ser substituída pela ativista Diana Silva.
Também a 15 de abril João Almeida publicou um esclarecimento público nas redes sociais sobre o envolvimento do seu nome neste processo. “Quero deixar claro que o processo que me diz respeito resulta de erros grosseiros da investigação, chega a ser surreal nos alegados factos que me imputa e atenta gravemente contra o meu bom nome e contra a transparência e rigor que sempre coloquei no exercício das funções públicas”, começa por dizer o deputado sanjoanense, revelando que ele próprio tinha tomado a iniciativa de pedir o levantamento da sua imunidade parlamentar para “prestar todos os esclarecimentos” neste processo, no qual solicitará “ser ouvido com caráter de urgência”.
“Ao contrário do que refere o MP, nunca residi na morada que me é imputada como residência (nº122 da Rua Bernardo Costa em Carcavelos), não tinha o agregado familiar com o qual é dito que vivia e a única casa que tive naquela zona já tinha sido vendida”, afirma João Almeida, referindo pormenores da vida pessoal e familiar, que contrariam a acusação de que está a ser alvo, no dito esclarecimento que pode ser consultado na íntegra através da sua página na rede social Facebook. “O MP diz ainda, embora sem o sustentar, que não vivi na casa onde vivo em S. João da Madeira. Vivo em S. João da Madeira desde 2015 e disso tenho todo o tipo de provas possível” que “juntarei ao processo”, firma o deputado centrista.
Para João Almeida este “esclarecimento impõe-se com urgência” não só na qualidade de deputado da nação, mas também na de candidato da coligação PSD/CDS-PP no concelho sanjoanense às eleições autárquicas que se realizam este ano. “Não posso ignorar que esta situação surge uma semana depois de ter sido anunciada a minha candidatura à Câmara Municipal de S. João da Madeira”. “Com este esclarecimento renovo o compromisso com o rigor e a transparência que sempre mantive no exercício das funções públicas e protejo o meu bom nome que não pode ser posto em causa com erros tão grosseiros e correspondentes imputações falsas”, realça o deputado centrista. “Sigo de cabeça erguida, não só pela tranquilidade da minha consciência, mas também pela força irrefutável das provas que apresento”, finaliza João Almeida.

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui

Loading Facebook Comments ...