Mais um dia, estamos vivos, no pleno uso da razão,
Inda com os cinco sentidos, “as sentinelas do alerta”,
As únicas que nos defendem num mundo de convulsão,
Mundo virado às avessas, onde o medo nos desperta!

Notícias da informação! Borbotam, fervilham tanto,
Em catadupas, tal jorram, dos mais odientos atos,
Invadindo patamares, frágeis do nosso espanto,
Que nos deixam derreados, sem ânimo, de estupefactos!

Não há país neste mundo, povo, raça, ateu, católico,
Onde não assole o mal; a tragédia impera, arrasa,
Com um impudor, violência, o agressivo simbólico,
Sempre colado a nós, a entrar-nos dentro de casa!

Sim! O nosso dia a dia importa tanta tragédia,
Vinda da Terra, da água, do espaço, dentro de nós,
Disfarçada em quantas máscaras nos palcos desta comédia,
Que é o viver à sombra dos ecos da falsa voz!

Enganamo-nos a nós próprios com rostos sediciosos;
No fundo, máscaras que encobrem a revolta interior,
Da falta de caridade, entre os tantos revoltosos,
Contra a má sina da vida p’ra quem sofre e encobre a dor!

Flores Santos Leite

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