Direção dos bombeiros quer “dobrar” número de equipas de intervenção permanente

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GN

Duas novas campanhas de angariação de sócios, uma delas para empresas 

Atualmente, a Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de S. João da Madeira (AHBVSJM) tem duas equipas de intervenção permanente (EIP) – uma suportada na totalidade pela própria e outra paga a meias pela câmara municipal e pelo Estado. Mas a ideia da direção é “dobrar” este número, criando mais duas EIP em iguais condições e o quanto antes possível para que a primeira intervenção esteja assegurada 24 horas por dia por bombeiros profissionais. “Neste momento, uma EIP custa à volta de 75 mil euros, mas temos de ter em consideração que em janeiro os salários vão aumentar”, referiu o presidente do órgão diretivo.
Em declarações exclusivas ao labor já à margem da última reunião da assembleia-geral (ver caixa), Carlos Coelho falou deste desiderato cuja concretização está dependente de dinheiro que, como não é difícil imaginar, não abunda no seio da AHBVSJM. “Estamos a tentar sensibilizar a câmara para que nos ajude e avance com o seu apoio para a instalação de mais uma EIP, uma vez que o Estado está aberto a isso”, adiantou o dirigente, acrescentando que “até agora” ainda não obtiveram o “parecer favorável [do Município], não obstante o senhor presidente diga que reconhece esta necessidade e premência”.
Entretanto, e enquanto não há “luz verde” camarária, digamos assim, Carlos Coelho e os seus pares estão a preparar duas novas campanhas de angariação de sócios, que serão apresentadas publicamente numa conferência de imprensa no próximo mês. O objetivo é que arranquem já em setembro.
No sentido de contrariar o decréscimo do número de associados que se tem registado, sobretudo neste último ano de pandemia em que faleceram “muitos” vítimas de Covid-19, a AHBVSJM vai procurar cativar novos sócios individuais oferecendo-lhes em troca “alguns privilégios ou descontos em algumas empresas da cidade e não só”.
Além disso, e a pensar sobretudo nas EIP, “tem na manga” uma novidade, que, aliás, está contemplada nos seus estatutos: os “sócios empresa”, que de igual modo também terão regalias por se associarem. Carlos Coelho disse que mais informações e pormenores acerca deste assunto serão dados na tal conferência de imprensa que vão convocar em julho.

Relatório de Atividades e Contas aprovados por unanimidade 

Reunida em assembleia-geral a 31 de maio, a Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de S. João da Madeira (AHBVSJM) aprovou por unanimidade o Relatório de Atividades e as Contas de 2020.
Segundo o documento a que o nosso jornal teve acesso, a AHBVSJM teve 775.960,26 euros de proveitos-rendimentos. Os gastos e despesas situaram-se nos 752.593,53 euros, sendo 57.143,97 euros em investimentos. Já as depreciações e amortizações foram no valor de 205.646,72 euros, levando a que a associação tenha encerrado o exercício com um resultado financeiro negativo de 182.279,99 euros.
Em declarações ao labor já à margem da sessão, o presidente da direção não deu grande importância ao resultado negativo com que terminaram o ano transato, uma vez que toda “esta situação de pandemia ocasionou, além de grandes reduções nas receitas, aumentos significativos em despesas correntes, principalmente em equipamentos e na proteção das pessoas, dos bens”. Pela mesma razão, aliás, a AHBVSJM viu a sua atividade “muito condicionada face às restrições e limitações impostas”.
Nesta conversa com o nosso semanário, Carlos Coelho fez questão ainda de destacar o “apoio extraordinário da câmara, que nos ajudou a superar alguns momentos mais difíceis e mais negativos”.

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