Objetivo é ajudar a fixar população no concelho
O Bloco de Esquerda (BE) realizou, sábado passado, duas ações de campanha onde apresentou propostas relacionadas com a habitação e os direitos LGBT.
De forma a combater a especulação imobiliária e a ajudar a fixar população no concelho, o BE recomenda a reabilitação de habitação disponível com “financiamento parcial de operações de reabilitação de parte de um edifício, de edifícios ou de empreendimentos cujas habitações se destinem a arrendamento acessível”; “fixação de aquisição de 10% da nova habitação construída em altura, por forma a promover o arrendamento acessível”; e “estabelecer parcerias ou adquirir espaços desabitados e/ou devolutos – incluindo lojas – para usar para habitação acessível ou bolsas de arrendamento a custos controlados”. À reabilitação junta-se a ajuda ao arrendamento. A ideia é “criar Bolsas de Arrendamento para a população mais jovem”; a “possibilidade de reavaliação do valor da renda apoiada em função dos rendimentos ajustados das famílias, nomeadamente, em virtude de despedimento, lay-off, redução de atividade como profissional independente ou outra situação de redução do rendimento”; e “facilitar o arrendamento a custos controlados para pessoas com maiores dificuldades económico-financeiras ou outros grupos vulneráveis”, anunciou a candidata Sara F. Costa, complementando que os bloquistas têm ainda em vista para a área da habitação apoios “na instalação/aquisição de equipamentos de maior eficiência energética como painéis solares para o aquecimento da habitação” e “na fatura energética nos meses de inverno de famílias com crianças e/ou idosos”.
“Quando se trata de direitos humanos não há lugar para neutralidade”
A cabeça de lista do BE à Câmara Municipal de S. João da Madeira também é escritora e ativista. O partido decidiu tomar uma posição defensora dos direitos LGBT depois do primeiro-ministro húngaro, Vítor Orbán, voltar a ser alvo de polémica entre os parceiros da União Europeia. Em causa está a mais recente lei contra a pedofilia que inclui emendas contra a promoção da homossexualidade para os menores de 18 anos. “Quando se trata de direitos humanos não há lugar para neutralidade” e “S. João da Madeira deve deixar claro que está do lado dos direitos LGBT”, defendeu Sara F. Costa, criticando a posição de imparcialidade assumida por Portugal que lidera atualmente o Conselho da União Europeia, em declarações prestadas ao labor. Os bloquistas querem que “a bandeira arco-íris seja hasteada no Fórum Municipal”; “uma declaração do Município como Município de liberdade e respeito pelos direitos LGBT”; e “a elaboração de um plano com medidas de promoção de direitos LGBT e combate à discriminação e à violência homofóbica”.