COMPULSIVO…
Escrever, escrever sempre! O que importa é escrever!
Sobre o que for ou vier, escrever por tudo ou nada;
É uma impulsão perversa, p´ra se poder entender,
O que irá dentro da alma e o que a torna tão penada…
Tudo é motivo de escrita, tudo é matéria-prima.
Que nossa mente aproveita, com um cérebro interativo;
Celebração exaltada, elevada muito acima,
Das linhas direcionais de um juízo afetivo.
E assim a pena é levada num deslize, destro, leve,
P’las páginas imaculadas, violando-lhe a alvura,
Num assédio obstinado, moldando aquilo que escreve,
Enquanto os ponteiros correm, num projeto de…aventura…
E surge o texto poético, sem prever-se a qualidade;
Apenas era intenção…aliviar os neurónios,
Das exigências centrais, e muito era a vontade,
Pois se tal não fosse expresso!…atentos nossos demónios!
Entidades que a alma tantas vezes traz consigo,
Sem saber que serão os frutos de outros fantasmas tantos
Quando atormentam a existência e se tornam o inimigo,
E por vezes até serão mais que inimigos, encantos!