“Incerteza” por parte dos vendedores foi o que, no passado sábado, a candidata do Bloco de Esquerda (BE) à câmara sentiu aquando da visita do partido ao Mercado Municipal. Sara F. Costa diz, através de comunicado enviado ao labor, que “muitos vendedores com quem falámos parecem não estar esclarecidos em relação ao futuro dos seus lugares de venda”. Já “outros queixam-se que a reunião em que a obra de reabilitação foi apresentada não foi realmente uma reunião, mas antes uma comunicação unilateral em que as pessoas que trabalham todos os dias no Mercado não foram realmente ouvidas”, acrescenta.
Bloquistas defendem que a obra do Mercado seja “totalmente transparente”
Relativamente à obra de reabilitação do edifício em curso, no valor de 1,3 milhões de euros, o BE defende que “seja totalmente transparente”. “Sabemos que está a haver intervenções no piso inferior, mas muitos comerciantes apontam para outros aspetos como, por exemplo, a necessidade de haver obras no teto de forma a que a chuva não entre no inverno ou uma logística de carga e descarga mais bem pensada para quem trabalha no terceiro andar”, refere Sara F. Costa, chamando à atenção ainda para a “falta de climatização do espaço” que ela e restante comitiva sentiram na própria pele nesta deslocação ao Mercado Municipal.
Para o Bloco de Esquerda, o futuro passa por estimular o comércio local e trazer as pessoas ao Mercado, uma vez que “aqui encontram-se produtos melhores e mais baratos do que em qualquer hipermercado”.
Partido lamenta “desinvestimento” no Centro de Leitura Especial da Biblioteca
Esta última segunda-feira foi dia de visitar a Biblioteca Municipal Dr. Renato Araújo onde a cabeça de lista à câmara recordou os tempos em que ali passava horas a escrever poemas. Acompanhada pelo dirigente e deputado à Assembleia da República, Moisés Ferreira, Sara F. Costa realçou, na ocasião, a importância da literatura para o desenvolvimento social: “É importante que a literatura chegue a todos e é muito importante que, apesar da pandemia, se continuem a levar a cabo interações entre a biblioteca e o serviço educativo”.
Concretamente sobre o Centro de Leitura Especial, a candidata lamentou o desinvestimento” neste “projeto verdadeiramente inclusivo”, que presta “um serviço diferenciador” à comunidade com algum tipo de deficiência visual.
“Lamentamos que o técnico responsável pela criação e implementação do projeto do Centro de Leitura Especial, Vítor Ferreira, também ele invisual, tenha um contrato a tempo parcial. Se existe a possibilidade de a Biblioteca de S. João da Madeira ser uma referência a nível do acesso à literatura por parte de invisuais devido a trabalho que este funcionário desenvolveu, seria lógico permitir que ele desempenhasse o seu trabalho a tempo inteiro”, rematou Sara F. Costa.