O labor colocou três questões aos candidatos à presidência da Junta de Freguesia de S. João da Madeira. Saiba quais as suas posições
Se for eleito, qual será a medida do mandato?
Não é a principal, mas é uma medida que acho que tem um grande impacto na nossa freguesia. Quero dar uma nova vida à Biblioteca de Fundo de Vila. Vai haver dois tipos de iniciativa: criar um clube de programação para crianças dos seis aos 12 anos; e um programa de representação e dramatização de contos portugueses no pré-escolar. Esta é uma ideia que já existe no Parque de Ciência e Tecnologia Nonagon, em S. Miguel, nos Açores. O Nonagon tem um projeto de programação para crianças que está a dar frutos incríveis. Eu organizei e produzi o maior evento de tecnologia dos Açores, que foi o AzoresTek, todo conceptualizado, produzido e realizado por mim nos Açores. Às vezes não temos de inventar a roda. Temos de arranjar uma forma de a por a funcionar.
Qual a sua posição em relação à transferência de competências?
A junta de freguesia (JF) tem as competências que a lei lhe confere e aquelas que os presidentes dos municípios pretendem que as juntas possam vir a abraçar. Foi claro que este executivo camarário teve dificuldade em confiar na JF para que esta ajudasse a construir um futuro melhor para S. João da Madeira (SJM). Caso o João Almeida seja (como desejo) presidente do Município, tenho a certeza que confiará e delegará várias competências à nossa junta porque é assim que se faz a melhor cidade do país.
Como encara a integração de mais uma freguesia no concelho?
Com naturalidade e neutralidade. Com naturalidade porque o mapa não é o território. Portanto, é natural que da mesma maneira que SJM um dia quis ser independente haja freguesias que sintam que o seu território teria muito a ganhar se pertencessem a outro mapa.
Com neutralidade porque a JF de SJM e o/a seu/sua presidente não tem rigorosamente nada a ver com isso. Na minha visão, independentemente de ter ou não mais uma freguesia no meu concelho, eu quero ser antes de tudo um excelente vizinho. Então eu quero criar parcerias, estar próximo das JF de Arrifana, Cucujães, S. Roque, Macieira de Sarnes e de Milheirós de Poiares.
Quero que esta “interfreguesialidade” funcione porque temos uma Associação de Municípios das Terras de Santa Maria. Se há esta “intermunicipalidade” porque é que não hei de fomentar esta “interfreguesialidade”? Eu sei que para a população de Macieira de Sarnes (MS) há uma pequena coisa que faz uma diferença extraordinária na vida daquelas pessoas e depende de SJM. A última paragem do TUS em vez de estar na IDEPA podia estar na “Toca do Velhinho”. A minha pergunta é se a JF de MS colocasse lá a paragem custava alguma coisa a SJM levar até lá o TUS? As pessoas estudam e trabalham em SJM.
Pedro Neves (PSD/CDS/IL)