O labor colocou três questões aos candidatos à presidência da Junta de Freguesia de S. João da Madeira. Saiba quais as suas posições
Se for eleito, qual será a medida do mandato?
Quando for eleito, a primeira medida a tomar será reunir com a oposição eleita para que, de forma colaborante e conjugada, possamos construir o próximo orçamento e plano de atividades para a junta de freguesia (JF), porque é essa a nossa forma de estar na vida democrática. Outro dos grandes desafios que a freguesia terá na próxima década é o recenseamento eleitoral, pelo que iremos executar uma ampla operação para sensibilizar os que vivem na nossa cidade a recensearem-se. Esta e mais seis medidas muito concretas serão a base do nosso projeto para os próximos anos que serão, obviamente, complementadas, com todos os projetos iniciados e em curso pelo atual executivo.
Qual a sua posição em relação à transferência de competências?
A transferência de competências da administração central do Estado para as autarquias locais é uma reforma profunda, adotada pelo Governo do PS, que marcou a agenda política nacional no último mandato. Em S. João da Madeira (SJM), a câmara municipal – e bem – aceitou diversas competências, por entender que é capaz de fazer melhor, mais rápido e mais barato ao erário público do que fazia a administração central do Estado. E essas três premissas são fundamentais quando se fala de transferências de competências. A transferência de competências justifica-se e faz sentido se, de alguma forma, uma determinada função seja efetuada de forma mais rápida, melhor e com menores recursos. Caso contrário será, sempre, infrutífera. Em SJM debateu-se, a determinado momento, uma outra transferência de competências: da câmara para a JF. Ora, se há concelhos com caraterísticas em que isso faz sentido, temos de olhar para a realidade de SJM e perceber se isso faz ou não faz sentido. É uma discussão que tem de ser séria, sem demagogia, e de ter como bases as três premissas que referi anteriormente.
Como encara a integração de mais uma freguesia no concelho?
A integração de freguesias vizinhas no concelho é, para além de uma oportunidade, uma necessidade não só para SJM como para as próprias freguesias em causa. Milheirós de Poiares (MP), Arrifana, Macieira de Sarnes ou até mesmo S. Roque são freguesias que, em determinado momento, debateram, na praça pública essa possibilidade. No entanto, para além do simples debate, em Milheirós as coisas evoluíram passando até por um referendo que mobilizou uma grande parte da população. Como todos sabem, não basta o PS querer. O âmbito é mais abrangente e passa, obviamente, pela vontade dos restantes partidos com
assento na Assembleia da República, nomeadamente o PSD e o CDS. Neste assunto, a discussão não pode ser demagoga. Da nossa parte, quando formos eleitos, empenhar-nos-emos neste processo e tudo faremos para que a integração de freguesias, nomeadamente de MP deixe de ser apenas uma intenção e passe a ser uma realidade.
Rodolfo Andrade (PS)