Pintei uma árvore
de braços abertos
vesti-a de folhas e flores.
Veio então um passarinho
de muitas cores
e nela fez um ninho
entre as flores.
Reguei-a de ternura
e com tal jeito
que nasceu um poema
dentro do meu peito.
A árvore pediu-me
para ser árvore a sério.
Eu disse que sim.
E seja qual for o mistério
é hoje a mais linda
do meu jardim.