No âmbito do projeto Interferências, o cine-concerto “O Vendedor de Rebuçados apresenta-se Indecentemente Descalço” foi criado para a Casa da Criatividade.

Nesta terceira “interferência” o foco esteve na memória cinematográfica de S. João da Madeira, onde chegaram a funcionar três cinemas em simultâneo em meados do século passado. As memórias sobre os primeiros filmes, a importância das mensagens transmitidas e a história do último projecionista do Cinema Imperador construíram este projeto de filme. “Isto não é uma construção individual. Não fui eu que fiz isto. Fomos nós que fizemos isto. Isto foi uma construção coletiva de um objeto artístico que parte do cinema, mas quando aqui cheguei não fazia a mais pequena ideia do que ia fazer aqui. Isto foi uma coisa que foi partindo de mim, assim como de todos aqueles que participaram desde o início, daqueles que apareceram a meio, no fim e durante as sessões”, deu a conhecer o cineasta Pedro Neves, após a apresentação d´ “O Vendedor de Rebuçados apresenta-se Indecentemente Descalço” que teve lugar no passado sábado na Casa da Criatividade. “Eu acredito mesmo na construção coletiva das coisas. Acho mesmo que o cinema é uma construção coletiva. Quantos mais formos a pensar ainda mais num caso destes que é uma coisa feita dentro da comunidade, com a comunidade e para a comunidade”, realçou o cineasta. Por novembro ser o mês que S. João da Madeira dedica ao Festival de Jazz, decidiram juntar a música ao cinema. O acompanhamento musical foi feito pela Escola de Música Arte do Som.

 

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