É que os elfos já chegaram à Vista Alegre no alto.
Nos pináculos da cidade bem junto ao azul celeste,
Trazem encantos e magias, dispersos pelo asfalto,
Dos caminhos natalícios com origens lá do Leste
O que trarão tais duendes? Feitiços e sortilégios
Os filtros de amor e esperança, encantamentos fingidos,
Fantasmas com travessuras, crendices ou sacrilégios,
De crenças da nossa infância, bem-vindos de tempos idos.
Trazem o sol, o sorriso, a ambiguidade, a incerteza,
Na semântica da esperança, a aguardar uma verdade,
Que tarda, mas chegará, envolvida na certeza,
De um mundo novo, que o velho foi levado pela idade!
Trazem consigo a arca onde caem as missivas
Dos inocentes e outros que amariam em o ser,
P´ra depois ganharem, asas poderosas e ativas,
Que as levem pelo espaço em entregas de bem querer!
No alto da Vista Alegre nasce um mundo feiticeiro,
De sois, luas e estrelas, duendes da natureza,
Onde a natividade surge num lugar sempre cimeiro,
Onde nasceu e nascerá algo de bom com certeza.
Vale a pena uma fugida pela ilusão de sonho e luz,
Onde a alma se inspire, negue o funesto medonho,
E os velhos e as crianças em vez de calvário e cruz
Se revejam na esperança, no resplendor de outro sonho.
