Mais um Natal, mais uma vez a memória a abrir as caixas que cautelosamente guardaram com afago os enfeites aconchegados em papel de seda ou saquinhos de pano branco. Dentro de uma caixa mais pequenina, forrada a papel vermelho e brilhante, estava o meu presépio de terracota.
Em cima do escadote consegui segurar as caixas sem grande custo,mas as mãos já não são as mesmas e deixei cair a de cima, estatelando-se no chão. Senti que alguma coisa se partiu e vi rolar aos meus pés as figurinhas da minha infância.
Lá se foi o meu presépio! Parti um pé ao Menino Jesus, uma asa ao Anjo anunciador da Boa Nova, a mão à Nossa Senhora e vi rolar a cabeça de S. José. Partiu mesmo a traquete. Nem o burro escapou. Só alguns cordeiros e a vaquinha saíram ilesos deste acidente.
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