Contando com novos desenhos de Jaime Fernandes “descobertos” em coleções particulares, mostra vai estar patente de 5 de fevereiro a 17 de abril
Com curadoria de Antonia Gaeta, “Ninguém. Só eu.” abre o novo ciclo de exposições de 2022 do Centro de Arte Oliva (CAO), contando com a parceria do Centro de Arte de S. João da Madeira/Associação Cultural Alão de Morais e o apoio da Direção-geral das Artes/República Portuguesa. A inauguração está marcada para dia 5 de fevereiro, às 17h00.
No CAO, segundo nota de imprensa do Município, vão estar patentes trabalhos de nove artistas que produziram novas obras e selecionaram outras, no âmbito de uma residência e programa de apoio à criação artística que decorreu em 2021 precisamente no Centro de Arte Oliva, a partir da exposição Jaime: “vi uma cadela minha com lobos” que conta com a curadoria da diretora desta instituição, Andreia Magalhães. A saber: Ana Manso, Ana Santos, Belén Uriel, Francisca Carvalho, Jorge Queiróz, Mattia Denisse, Sérgio Carronha, Susanne Themlitz e Tropa Macaca.
Esta última mostra será então enriquecida, a partir de sábado (5 de fevereiro), com mais desenhos de Jaime Fernandes, entretanto identificados em coleções particulares, que vão somar-se aos que já estão expostos no CAO, igualmente no âmbito da parceria com o Centro de Arte de S. João da Madeira/Associação Cultural Alão de Morais e com o apoio da Direção-geral das Artes/República Portuguesa.
Diagnosticado com esquizofrenia, Jaime Fernandes (1899-1969) foi internado no Hospital Miguel Bombarda no final da década de 30 do século passado. Aos 60 anos, quando estava já há mais de 30 na instituição, começou surpreendentemente a desenhar. Hoje é um dos nomes mais reconhecidos na Europa no campo da arte bruta, designação que abarca criações artísticas livres de pessoas institucionalizadas em hospícios ou presas.