Irmãos ucranianos encontram a paz em S. João da Madeira. Deixam para trás os pais, que ficaram em Kiev a defender a Ucrânia dos ataques russos
Sofiia e Mykyta Meidych são irmãos. Ela tem 13 anos e ele nove. Chegaram a S. João da Madeira (SJM) há cerca de uma semana, fugidos de uma guerra que não cabe na cabeça de um adulto, quanto mais na de uma criança.
A guerra que Putin insiste chamar “operação militar especial” já matou milhares de soldados e civis e provocou a maior crise de refugiados da Europa deste século. Volvidos 15 dias desde o início da invasão russa à Ucrânia, mais de dois milhões e 200 mil ucranianos já abandonaram o país. Fazem-no rumo a um futuro incerto, mas que pelo menos lhes garante, primeiro, a vida e, depois, a paz.
Ao fim de milhares de quilómetros de viagem, Sofiia e Mykyta encontraram a tão desejada paz nos braços dos tios e primos que vivem em SJM e onde já tinham estado de férias em 2019. Aqui também têm o amor dos avós paternos que, por acaso ou talvez não (talvez tenha sido mesmo por intercessão divina), vieram passar este inverno com o filho e a nora para fugirem às baixas temperaturas que se fazem sentir nesta estação do ano em Vinnitsa, de onde são provenientes. Presentemente, e como seria de esperar, voltar para a Ucrânia não faz parte dos seus planos.
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