O receio do abandono

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Escondido num canto, ligado ao grande departamento que armazena os receios e os tranca a sete chaves a maioria do tempo, está um especialmente violento, a que pouco se alude: o receio do abandono.

Abandonar, que os dicionários afirmam ser um sinónimo de deixar, está bem dever, que, é a sua forma, simultaneamente, elevada e negativa.

Abandonar conota um desinvestimento afetivo não confundível com o esquecimento ou a distração. Exprime bem a ideia da renúncia deliberada, associada à retração carinhosa, a um corte com o que havia e que traiçoeiramente, anula qualquer importância ou significado àquilo ou àqueles que já o tiveram.

 

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