Ciclo de concertos regressa a 2 de abril

 

O AcáMúsica de março trouxe a estreia do Douro Quintet, um quinteto clássico de sopros. Segundo José Luís Postiga, investigador Inet-md e comentador destes concertos, o público que praticamente encheu o auditório viu-se imbuído do espírito da ópera clássico/romântica, sem que houvesse um cantor que a representasse.

O repertório executado, segundo nota informativa remetida ao labor pela Academia de Música de S. João da Madeira, assentou numa série de arranjos para este tipo de formação de aberturas e coleções de peças de algumas das óperas mais famosas da história. Começou com a Abertura do “Barbeiro de Sevilha” de Rossini, de onde saíram as jovialidades sonoras que caracterizam a trama cómica desta ópera. Mas se a temática era a ópera cómica da Itália novecentista, então a peça seguinte foi bem representativa do género, uma coleção de momentos do “Elixir do Amor” de Donizetti, onde se ‘brinca’ com a condição social, as falsas poções que, em comparação com o mesmo enredo no drama musical de Wagner “Tristão e Isolda”, resulta agora num final bem feliz, com “Uma furtiva lágrima” a elevar pelo melodismo lírico o amor a uma condição superior.

Ainda abordando a ópera italiana do séc. XIX, conforme adianta o texto recebido pelo nosso semanário, ouviu-se Verdi, através da abertura da sua “Forza del Destino”, uma representação de uma ópera séria, um drama bem característico das grandes obras da época, que inova na forma como a Abertura faz introduzir quer as temáticas sonoras como os ambientes em que se desenrola, aproximando-se muito de um prelúdio da obra.

Depois, representando a ópera alemã, o quinteto executou um arranjo da Abertura da “Flauta Mágica” de Mozart, aquela que provavelmente é a ópera mais executada na história da música. Aqui se realçaram as relações entre a linguagem musical e a simbologia que ela é capaz de transpor, pela organização mais concreta de factos do enredo que se vêm representados rítmica, melódica, harmónica e formalmente.

O concerto terminaria com uma suite da ópera “Carmen”, de Bizet, representativa da ópera francesa, onde se puderam escutar os principais temas da obra, nomeadamente a sua abertura, a famosa “habanera”, o célebre “Toreador”, entre outros, assinalando-se também o exotismo da temática, o realismo histórico e a geografia comum ao “Barbeiro” e a “Forza del destino” – o sul de Espanha.

O próximo concerto do Ciclo AcáMúsica trará novas sonoridades a 2 de abril, sempre às 11h00.

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