EDITORIAL

Termino agora esta aventura como diretora convidada do jornal labor. Aconteceu durante quatro semanas e foi uma experiência estimulante, enriquecedora e irrepetível. 

 Como linha condutora de ação, para ilustrar o aniversário do jornal, que é filho da liberdade conquistada em Abril, foi construída uma  imagem que associa um cravo a uma ponta escrevente, uma apara. Esta ilustração permitiu uma revelação gradual, ao longo das quatro edições de abril, fazendo desabrochar, progressivamente, a flor, até chegar à sua plenitude. A 1.ª e 2.ª edições apresentaram um cravo incompleto, a preto e branco, com pouca cor nas páginas do jornal, e contendo testemunhos de quem teve a vida  “cortada” pelo Estado Novo. A 3.ª edição, com um cravo quase desabrochado, reuniu testemunhos de quem viveu a preparação da Revolução. A  4.ª edição, com o cravo a impor-se e a dar vida e cor à escrita e ao jornal labor, acolheu testemunhos geracionalmente diferentes sobre as conquistas do 25 de Abril.

Para que estes números do labor não se perdessem e não levassem ao esquecimento os testemunhos aí contidos, a criatividade e generosidade de Pedro Ventura, da Cartonagem Trindade, deu-lhes o aconchego duma casa-caixa. Deslumbro-me ao contemplá-la e ao considerar o seu valor: uma caixa que acolhe a comemoração dos 36 anos do labor e dos 50 anos da Revolução, preservando-a e dando-lhe continuidade. O agradecimento que possa fazer a Pedro Ventura será  sempre muito pequeno e contido na minha emoção. 

Reconheço que esta jornada só foi possível porque construída com pessoas de rosto identificável e a quem quero dirigir palavras sorridentes:

A Pedro Silva, diretor do jornal, e a toda a sua equipa (Ana Paula, Diana, Gisélia, Nuno e Paulo)  o agradecimento e o louvor não cabem em palavras já que a recetividade a ideias travessas, o profissionalismo, o espírito colaborativo e o empenho foram exemplares.

A Luís Filipe Almeida, meu colega do AEOJ, e a Nuno Vidinha e toda a sua equipa, da Cartonagem Trindade, agradeço muito a oportunidade de me fazerem perceber que, quando se deseja e se imagina, a obra nasce. 

O último agradecimento vai para os sanjoanenses que, dos quatros cantos da cidade, responderam, sem reservas, ao repto e deram conteúdo a peças jornalísticas interessantes.  Abril foi acontecendo, de novo, pelas palavras deles.

Que o cravo que se abriu no jornal, em intensidade colorida e força, espalhe a sua cor por toda a cidade de S. João da Madeira, esta cidade berço do nosso berço. 

 

NOTA: A caixa poderá ser obtida na redação do jornal labor ou nos locais de venda do jornal, de modo gratuito.

Os assinantes que habitem longe de SJM e que a pretendam receber, deverão contactar o jornal, por email ou telefone.

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