O deputado sanjoanense do PSD defendeu a coesão metropolitana através do melhor aproveitamento da Linha do Vouga (LV), que deverá assegurar uma ligação direta de Oliveira de Azeméis ao Porto e questionou a demora da integração daquela ferrovia no sistema intermodal Andante. “É muito importante uma intervenção nesta parte da linha [Oliveira de Azeméis-Espinho]. São mais de 300 mil habitantes, sendo que a linha passa pelo centro das principais cidades”, disse Paulo Cavaleiro, durante a sua intervenção, na Comissão de Economia, Obras Públicas e Habitação, numa audição ao ministro da tutela.
Para si, a intervenção nesta ferrovia “é uma questão de justiça e coesão”, já que municípios do sul da Área Metropolitana do Porto (AMP) “têm direito a uma resposta de mobilidade, como têm os municípios do Norte”. Além disso, frisou, “impõe-se que que esta região de Entre Douro e Vouga, que é uma região muito exportadora, tenha aqui um sinal positivo do governo quanto a esta matéria”. O deputado sanjoanense reiterou ainda “a pertinência de uma ligação direta ao Porto do troço da LV entre Oliveira de Azeméis e Espinho, sem transbordo, através da integração na linha do Norte, para além da eletrificação da linha”.
Na resposta, o ministro das Infraestruturas admitiu que a LV é um “grande desafio”, assumindo conhecer “claramente as duas dimensões” desta ferrovia, valorizando a componente metropolitana e de serviço ao Porto. “Temos essa consciência, sabemos que a linha ainda é métrica, e que temos de olhar para ela com outros olhos”, admitiu Miguel Pinto Luz, assumindo não poder dizer, “agora”, mais do que isto, mas garantindo: “estamos focados e conscientes de que [a LV] pode ter um papel nesta visão mais interligada da AMP”.
O deputado social-democrata também apontou “o atraso” da integração do Andante, cartão para viajar nos transportes públicos da AMP, na LV, que recordou ter sido anunciada “diversas vezes”. A esse respeito, sublinhou que “todas as pessoas que têm o passe deveriam ter direito” a aceder ao serviço do “Vouguinha”.