A prova dos nove

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Uma coisa que sempre me cativou na escola primária foi a prova dos nove. Sim, cativou é o termo correto. Sempre gostei daquela lengalenga, daquela espécie de ladainha pronunciada num vibrante ritmo picadinho, a um tempo allegro e staccato. Quem não se lembra? “Seis e dois oito e um nove, noves fora, nada” ou “quatro e oito doze, noves fora três”. Era só somar os algarismos e subtrair nove!
Mas, havia, também, algo de mágico. Esta reza conduzia a que, no final, se ficasse a saber se a conta, a operação aritmética (fosse ela qual fosse), estava certa ou errada. Só uns anos mais tarde, quando estudei Aritmética Racional, percebi que não havia magia nenhuma. Mas, aos sete, oito anos aquilo era mesmo magia. Talvez o meu gosto pelas ciências tenha começado aí. Ao sentir que a Matemática era, tam...

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