Nunca houve tantas oportunidades. Esta é uma ideia que sentem, mas que a maioria dos jovens portugueses de hoje teima em não aceitar. Lamentam-se que a vida não está fácil (e quando é que não esteve?), que há falta de emprego, que é extremamente difícil arranjar casa, que o dinheiro não chega, que os políticos não se preocupam com eles, que as gerações anteriores empenharam o futuro, que sentem que nada há que os motivem.
Mas nunca houve tanta oferta como hoje. “É preciso é dobrar a mola” para quem entra na vida adulta. Aliás, as novas tecnologias abrem oportunidades de partilha, de comunicação fácil e de conhecimento como nunca antes aconteceu.
As possibilidades de conhecer novas paisagens, novas culturas, de viajar, estudar e trabalhar fora – escolher outros países se for essa a vontade para (re)começar – são infinitas, se comparadas com as gerações dos pais (para não dizer das dos avós). Apesar do muito que há a melhorar, a igualdade no acesso a uma série de estruturas básicas, como o ensino ou os cuidados de saúde (médicos), passou de mera ideia à prática. Claro que o mundo está mergulhado numa crise económica e financeira. Claro que Portugal está melhor, mas ainda está mal posicionado para sair dela.
Claro que há imensos problemas. Mas a maior dificuldade das novas gerações é mesmo lidar com os obstáculos que aparecem na vida e que os pais de hoje bem se esforçam para afastar do caminho dos filhos.
Há, hoje, um enorme mundo de oportunidades. Com esforço e tranquilidade, evitando passos maiores do que as pernas mas sem medo de se fazer opções e sobretudo, sem quebrar tudo numa só vez, talvez se chegue lá com sorte. Mas a sorte, todos sabemos, dá muito mesmo muito trabalho.
As oportunidades estão aí, é não perde-las!