Expressões há-as e quantas, as que convocam a morte,
Ligadas à paz e à guerra, ao natural e ao além,
Nas demonstrações de força, atos tirados à sorte;
Haverá estupidez na morte, mas esperteza também?
Mortes estúpidas haverá, espertas não se entendem,
A morte é sempre tragédia, p´ra quem sofre e ao redor,
Há mortes não necessárias, inúteis, mas que se estendem.
No insólito do acaso, mas mantendo igual terror…
É o avião que cai, abatido por engano,
Comédia do ser humano pelos atos responsáveis,
Numa confissão política dado os fins de um desumano
Ato mero de política e segurança de prováveis.
O enjoo a náusea, o vómito, pelo injusto refletido,
De decisões e acordos que odeia e é odiado,
Pretendendo explica-lo, só depois do sucedido
Num previsível do que poderia ser evitado.
Fala-se em mortes injustas, no meio de conflitos,
Alimentados na forja do poder e do político.
Mas que injustiça | justiça na escala dos malditos,
Agentes do nosso mundo, exemplos do paleolítico…
Mas que lição a extrair, desta nefanda existência;
Até quando ao homo sapiens ser-lhe-á dado o bastão.
Do comando dos destinos onde reina uma demência,
Vulgar no trato e na mente de quem perdeu a razão?

Flores Santos Leite